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Sindustrigo . quinta-feira, 29 de março de 2018
Trigo paulista espera safra recorde para 2018, com volume acima de 300 mil toneladas

Projeção de aumento na produção foi validada na reunião da Câmara Setorial do estado

 Um ano excelente para o trigo paulista. Essa foi a definição do setor triticultor para 2018, durante a reunião da Câmara Setorial, realizada no dia 28 de março, na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Durante toda a manhã, diferentes elos da cadeia do trigo debateram os resultados alcançados pelo setor em 2017 e as expectativas para a safra deste ano em São Paulo. Segundo projeção feita na reunião, a produção do grão no estado pode registar um aumento significativo em relação ao ano de 2017.

“Os números do ano passado já foram muito positivos para o trigo no estado, mas pelas projeções apresentadas pelas cooperativas durante a reunião registraremos um aumento no volume de produção em mais de 20%, com uma safra estimada em mais de 300 mil toneladas para 2018”, afirma o presidente da Câmara Setorial, Maurício Ghiraldelli.

Segundo as cooperativas presentes, a área destinada ao plantio no estado deverá registrar aumento, assim como o volume de grãos produzidos.  A cooperativa Agrícola de Capão Bonito informou que a expectativa é um crescimento expressivo de 50% nas áreas destinadas ao trigo.

O agente de comercialização da unidade de São Paulo da cooperativa Castrolanda, José Reinaldo Oliveira, destacou que os cooperados estão bem animados com o atual cenário e os resultados da última safra no estado. “Em relação à área, esperamos registrar cerca de 15 mil hectares, com produtividade maior do que o ano passado, por volta de 50 mil toneladas de trigo na recepção, 20% a mais do que recebemos na safra de 2017”.

“Nossa perspectiva é muito positiva para o trigo neste ano. Devemos registrar aumento na área total de produção, assim como no volume. Estamos buscando mudanças no nosso perfil produtivo, visando melhorar a qualidade do grão”, explica o gerente comercial da cooperativa Agroindustrial Holambra, Almerindo José Junior Vidilli.

Outro destaque, levantado na reunião, é o aumento da qualidade do produto oferecido aos moinhos, fator que agrada o mercado e diminui a necessidade de compra de trigo estrangeiro, já que o grão produzido no estado atende à necessidade da indústria moageira.

“Nosso principal ponto de debate, nesses quase cinco anos da reativação da Câmara Setorial sempre foi a melhora da qualidade no grão oferecido pelo produtor paulista, além da redução das variedades cultivadas. Com esses números, os relatos do campo e dos representantes da indústria, podemos dizer que esse objetivo está sendo alcançado e que a cada safra registramos a evolução do grão no estado”, ressalta Maurício, que foi reeleito para o cargo de presidente durante a reunião.

“Não poderíamos projetar números melhores para esse ano. Além do aumento do volume de grãos, a expectativa é registrarmos também melhora na qualidade do trigo paulista. Sem dúvida a Câmara Setorial é um dos pontos determinantes para esse crescimento no estado, pois a cada reunião trazemos ao produtor informações reais, para que possam tomar decisões estratégicas para a cultura”, finaliza o presidente.