Ao conhecer o trabalho feito com os selos Vacas A2A2 e Bem-Estar Animal, a Ministra enfatizou o papel da iniciativa privada na garantia da rastreabilidade dos produtos lácteos
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, recebeu na tarde da segunda-feira, 07/02, na sede do MAPA, em Brasília (DF), a médica-veterinária, idealizadora do movimento #BEBAMAISLEITE e CEO da Integral Certificações, Flávia Fontes e a também médica veterinária e responsável pela Gestão dos Programas de Certificação VACAS A2A2, que permite no Brasil a produção e a comercialização do leite A2 e BEM-ESTAR ANIMAL, Helena Fagundes Karsburg. O objetivo da visita foi apresentar os programas de certificação e alinhá-los às demandas do MAPA.
O protocolo de certificação vacas A2A2 foi o primeiro da pecuária leiteira a ser depositado na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mediante um acordo de cooperação para servir de apoio às fiscalizações e ações do MAPA.
Na ocasião a ministra comentou que as certificações relacionadas à rastreabilidade são o caminho natural a ser seguido pelo mercado, tanto pela exigência dos regulamentos internacionais, quanto pela gradativa qualificação do mercado interno. Observou ainda que a descentralização dos controles de qualidade por parte do governo é uma tendência que reflete a auto regulação do setor, ao Estado o papel de auditar a cadeia produtiva, incentivando seu aperfeiçoamento.
Helena e Flávia entregaram uma cesta de produtos das marcas certificadas para a ministra Tereza Cristina e se colocaram à disposição do MAPA para apoiar ações que valorizem o produtor de leite, fortaleçam a cadeia e agreguem valor aos produtos lácteos.
Selo Vacas A2A2
A certificação que concede o selo Vacas A2A2 é um programa criado para assegurar que as propriedades e indústrias que produzem o leite A2 estejam aptas a produzir e comercializar leite ou derivados provenientes de vacas com genótipo A2A2. A certificação assegura que os lácteos com o selo contêm apenas caseína A2 em sua composição, sem risco de mistura com beta-caseína A1. As auditorias são realizadas pela certificadora GENESIS GROUP homologada pelo programa, desta forma, as avaliações são totalmente isentas e conferem garantias de fato ao consumidor final.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, cerca de 53 milhões de brasileiros relataram sentir algum sintoma desconfortável associado ao consumo de produtos lácteos. Nesse sentido, o leite A2, que é naturalmente mais fácil de digerir, é uma excelente alternativa nestes casos. “Contudo, o produto destina-se a pessoas que não têm intolerância à lactose, apenas que se sentem mal após o consumo de leite e derivados, com sintomas como má digestão, flatulência, sensação de estufamento entre outros, parecidos com os de quem tem intolerância à lactose. Assim como também não se destina a crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), salvo sob recomendação de médico alergista”, ressalta Helena.
Selo Bem-Estar Animal
O programa, desenhado pela Integral Certificações com auditorias da QCONZ América Latina, ou seja, uma certificação de terceira parte é baseado nas regras da Organização Mundial de Saúde e totalmente adaptada a realidade do Brasil. Com requisitos objetivos e práticos e alinhados as principais demandas globais. O trabalho, segundo Helena, é desenvolvido com o objetivo de assegurar que os produtos de origem animal que estampam o selo em suas embalagens sejam provenientes de fazendas, granjas e criatórios nos quais não é permitido qualquer tipo de maus tratos e/ou sofrimento desnecessário aos animais; exista um programa robusto de prevenção de doenças, elaborado e acompanhado por médico-veterinário, visando o uso racional de medicamentos, especialmente antibióticos; haja uma nutrição especialmente formulada para cada estágio de vida e, ainda, onde funcionários trabalham em um ambiente psicologicamente saudável.