Pesquisador da Topigs Norsvin participa do 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura com análise sobre como a genética está ajustando seus programas para garantir mais produtividade com equilíbrio
Com o aumento significativo do número de leitões nascidos por parto, a hiperprolificidade tem se consolidado como um dos temas centrais na suinocultura moderna. No entanto, transformar esse ganho genético em leitões desmamados com qualidade exige mais do que genética. Essa será a abordagem do pesquisador e diretor Técnico da Topigs Norsvin no Brasil, Marcos Lopes, durante um painel no 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), realizado de 12 a 14 de agosto, em Chapecó (SC).
“O principal ponto é entender que a fêmea hiperprolífica de hoje não é a mesma de anos atrás. Suas necessidades são diferentes, e isso exige mudanças no manejo, na nutrição e na estrutura das granjas”, afirma Lopes, que atua no Centro de Pesquisa da Topigs Norsvin, na Holanda, e cujo painel será no segundo dia do evento, às 10h10.
Segundo o especialista, quando o melhoramento genético é realizado de forma balanceada (considerando um conjunto amplo de características) os desafios em torno da hiperprolificidade tornam-se mais administráveis. “Aquele discurso de ‘sempre fiz assim e deu certo’ não se aplica mais. O animal mudou, então as práticas também precisam mudar”, pontua.
Lopes também reforça que o programa genético da Topigs Norsvin já foi desenhado com esse equilíbrio em mente. “Focamos além do aumento no tamanho da leitegada, incluindo a manutenção do peso ao nascimento, na uniformidade dos leitões e a habilidade materna das fêmeas. Hoje, conseguimos desmamar mais de 300 kg de leitão fêmea por ano”, resume.
Para que o potencial genético expresso nos índices chegue, de fato, ao campo, o diálogo entre as diferentes áreas é indispensável. “Genética, nutrição, ambiência e sanidade são complementares. Todos buscam o sucesso do cliente. Por isso, compartilhar bons exemplos e discutir caminhos, como faremos no SBSS, é essencial”, destaca.
O pesquisador também chama atenção para os próximos passos da cadeia. Segundo ele, o futuro da suinocultura estará pautado não só em prolificidade, mas em sustentabilidade. “Não podemos mais aceitar leitegadas numerosas com altas taxas de mortalidade pré-desmame ou fêmeas com pouca longevidade. Produções modernas exigem matrizes com boa habilidade materna, alto número de tetos funcionais e capacidade de criar seus próprios leitões.”
Para Lopes, os limites biológicos ainda não foram alcançados, e talvez nunca o sejam, mas os avanços precisam ser conduzidos com responsabilidade. “É preciso buscar um equilíbrio entre quantidade e qualidade, adotando práticas que respeitem o bem-estar animal e a eficiência produtiva”, finaliza.
Sobre a Topigs Norsvin
A empresa de genética suína Topigs Norsvin é reconhecida por sua abordagem inovadora na implementação de novas tecnologias e pelo seu foco contínuo na produção de suínos com a melhor relação custo-benefício.
Com um programa de genética robusto para fortalecimento dos seus produtos, a Topigs Norsvin faz com que os seus clientes obtenham um valor agregado significativo em sua produção. O melhoramento genético da Topigs Norsvin baseia-se em dois pilares fundamentais: sustentabilidade e eficiência, que se traduzem em um programa de genética balanceado e com maior rentabilidade.
Pesquisa, inovação e disseminação de melhorias genéticas são os pilares da empresa, que investe mais de 34 milhões de euros em P&D ao ano.
Mais informações: www.topigsnorsvin.com.br