Na revisão da estimativa de safra de abril da INTL FCStone, o cenário permanece semelhante ao verificado no mês passado. A produção de soja brasileira deve ser de 87,6 milhões de toneladas, este cenário ainda pode sofrer alterações devido à área plantada na safra de inverno. Há muitas incertezas em relação ao tamanho desta área e também à produtividade do grão, que deverá ser significativamente menor.
No Paraná, o avanço da colheita confirmou a perda de aproximadamente 10% do esperado inicialmente, devido ao clima seco do início deste ano. Já no Rio Grande do Sul, o início da colheita tem mostrado rendimento dentro das expectativas, ficando em média 47 sacas por hectare.
No Mato Grosso, com a colheita praticamente finalizada, a situação se normalizou após um período de preocupação com o excesso de chuvas. A produtividade dessa última soja que está sendo colhida tem superado as expectativas, com casos em que chega a 60 sacas por hectare.
Houve um ajuste pequeno na produtividade da Bahia, totalizando uma produção de 3,57 milhões de toneladas. O pequeno ajuste positivo foi feito na estimativa da Bahia, que conseguiu recuperar parte do potencial produtivo após um ano de perdas expressivas em 2012/13. Apesar do aumento na produção, o estado enfrentou clima desfavorável, com volume de chuvas abaixo da média histórica e secas prolongadas entre dezembro e fevereiro, o que impediu a região de atingir o máximo de seu potencial neste ano.
Considerando o forte ritmo de exportações brasileiras, estima-se que o total exportado em 2014 possa chegar a 46,5 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais do país devem ficar em 3,22 milhões de toneladas, o que representa 3,8% do uso total.
Milho
A INTL FCStone estima uma produção de 71,24 milhões de toneladas de milho no ciclo 2013/14, volume um pouco mais baixo que o estimado em março. Para a primeira safra, houve uma pequena revisão na área plantada, que recuou para 6,23 milhões de hectares, levando a uma produção de 30,84 milhões de toneladas, mantida a produtividade em 4,95 toneladas por hectare.
No caso da segunda safra, ressalta-se que a produtividade média para o Brasil foi levemente aumentada para 4,8 toneladas por hectare (frente a 4,78 toneladas por hectare da estimativa anterior). No Paraná, que é o segundo maior produtor de milho “safrinha” do país, o plantio já foi finalizado e não se observou uma redução de tecnologia como em outra regiões. Com isso, a produção no estado pode chegar perto de 10 milhões de toneladas, a despeito da área menor.
No entanto, mesmo com essa elevação da produtividade da safra de inverno, a produção média do Brasil sofreu um leve recuo, devido a uma queda na área, a qual pôde ser mais bem apurada com o avanço/conclusão do plantio. Em alguns estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, houve queda na área plantada, após os problemas enfrentados no plantio pelo excesso de chuvas.
Em relação ao balanço de oferta e demanda da safra 2013/14, a despeito da leve queda na produção, houve um aumento dos estoques finais, que alcançaram 6,73 milhões de toneladas. Esse maior volume de estoques finais foi condicionado pela última revisão da Conab, que elevou os estoques de passagem da safra passada, impactando os estoques iniciais do ciclo atual. Com isso, a relação estoque/uso ficou em 9,1%. Para as exportações, continuou-se estimando um volume de e 20 milhões de toneladas, ainda acima do projetado pela Conab (19,5 milhões de toneladas).
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