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Sinafer . segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Indústrias nacionais de ferramentas e abrasivos se unem para defender o setor

A indústria brasileira de ferramentas e abrasivos se uniram para constituir a ABFA (Associação Brasileira das Indústrias de Ferramentas e Abrasivos), entidade nacional disposta a trabalhar pelo fortalecimento do setor, que tem sofrido bastante nos últimos anos com a política comercial e cambial brasileira.

Segundo o presidente da entidade, Milton Rezende, a ABFA terá uma atuação bastante intensa junto aos órgãos governamentais para defender reivindicações de ordem técnica e econômica, em razão da substituição da produção doméstica por importados e, principalmente, pela desindustrialização brasileira. “Nossa indústria está desacelerando e a razão disso é muito clara: a importação de peças e componentes para a produção de carros, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, entre tantos outros produtos fazem com que deixem de utilizar ferramentas e abrasivos produzidos no Brasil durante o processo de fabricação”, explica Rezende.

Uma das principais iniciativas da associação será fazer com que o CB-60, o Comitê Brasileiro de Ferramentas Manuais e de Usinagem, criado em 2008 pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, se torne um critério para os produtos importados entrarem no mercado nacional. Segundo o presidente do SINAESP - Sindicato da Indústria de Abrasivos, Reinaldo Monteiro, o país permite a entrada de ferramentas e abrasivos que colocam em risco a integridade física dos operadores dessas ferramentas e acabam exigindo que a indústria brasileira diminua a qualidade de sua produção para tornar competitivo seu produto no mercado.

“Não há nenhum tipo de exigência com relação a qualidade das ferramentas que entram no país. Nós seguimos as normas impostas pela CB-60. É preciso que os produtos que entram no nosso mercado sigam estas normas, também”, enfatiza Monteiro. Milton Rezende afirma uma ferramenta produzida no Brasil custa de 25% a 30% mais que a mesma produzida nos Estados Unidos, Japão ou Europa.

Segundo o presidente da Associação esta união era um anseio da indústria brasileira de ferramentas e abrasivos há bastante tempo. “Agora trabalharemos para que este resultado nos traga frutos”, completou.