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Sinafer . terça-feira, 4 de junho de 2013
Setor de ferramentas espera recuperação em 2013, mas primeiro trimestre apresenta queda

Depois de um ano assombrado pelo fantasma da desindustrialização, marcado pela forte retração da atividade industrial, pelas significativas perdas nos postos de trabalho e, consequentemente, pela queda brusca na participação da economia do país, o setor de ferramentas em geral espera uma recuperação em 2013, porém o primeiro trimestre foi de queda.

De acordo com Milton Rezende, presidente do SINAFER, sindicato que representa o setor junto aos órgãos governamentais defendendo reivindicações de ordem técnica e econômica, os dados levantados pelo sindicato apontam uma retração de 2,8% no desempenho da produção industrial no setor de ferramentas, número impulsionado pelo forte recuo de 15% na produção de ferramentas manuais.

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, afirmou durante solenidade de abertura da 14ª FEIMAFE - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, que ocorreu nesta segunda-feira (3/6), que a evolução dos financiamentos do banco para essa indústria foi de 50% em relação ao mesmo período do ano passado e a perspectiva é que até o fim de 2013 os investimentos cheguem a R$ 100 bilhões, 30% mais que 2012.

O diretor da Metalúrgica Inca, Riad Xavier Jauhar acredita que 2013 será um ano melhor, apesar da sinalização de uma inflação maior. “Ainda que de forma muito tímida, as medidas tomadas pelo governo para impulsionar a economia nacional têm ajudado. A redução de alguns impostos e a manutenção da taxa do câmbio  neste  patamar  de  R$ 2,00 inibem um pouco as importações. Os juros bancários, que nunca estiveram nestes percentuais, aliados à oferta de recursos pelo BNDES para aquisição de máquinas, deverão  impulsionar  o mercado”, argumenta.

Já na opinião do presidente da Walter do Brasil, Salvador Fogliano Jr., a recuperação do setor acontecerá de forma gradativa. Ele acredita que os problemas ocasionados pela crise contribuíram para o desempenho até o primeiro trimestre de 2013 e que somente a partir disso será possível notar alguma mudança. “O ano de 2012 foi mais desafiador do que esperávamos, mas a grande diversidade de atuação da nossa empresa nos permitiu amenizar a situação”, revela.